Encontrando a paz para precificar decentemente seu serviço
Como viver entre a culpa de ter e a culpa de faltar dinheiro?
Não é fácil se estabelecer profissionalmente no mundo, especialmente quando se é autônomo. Afinal, se colocar como um prestador de serviço exige reconhecer o valor que o nosso serviço tem, e o valor autopercebido define em grande medida a precificação que fazemos do nosso serviço. Quando essa autopercepção está distorcida, começamos a questionar nosso valor profissional e a precificação se compromete. E aí o resultado quase sempre é esse: medo de cobrar o preço que consideramos justo e dificuldade de impulsionar a carreira.
A newsletter de hoje é sobre precificação, mas é também sobre o que está por trás da dificuldade de precificar com clareza e confiança (e de atrair clientes condizentes com o valor do nosso serviço): a culpa.
Mas antes disso, temos um convite muuuito importante pra te fazer.
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Só teremos essa turma do PAF esse ano, nosso único programa que olha para a forma como você lida com o dinheiro e constrói uma nova vida financeira a partir disso. Aproveita!
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Voltando pro tema dessa edição…
Não é regra, mas problemas com precificação geralmente envolvem culpa, mas antes de completar o raciocínio, vamos entender melhor no que consiste a culpa.
A culpa surge quando fazemos uma avaliação negativa do nosso próprio comportamento. É a sensação que fizemos algo errado em relação ao nosso sistema moral, ou seja, aos valores e regras que seguimos. É uma dor gerada pela consciência de ter feito algo errado.
Quando a culpa aparece, geralmente a pessoa está violando uma regra explícita ou implícita que introjetou, uma regra familiar ou social.
O caso clássico - especialmente comum entre psicólogos - é a regra ou valor que proíbe o enriquecimento: “a riqueza torna as pessoas ruins”, “pessoas com muito dinheiro são egoístas”, “ter dinheiro é errado num mundo com tanta pobreza” e, sobretudo, “é errado gerar dinheiro com a dor dos outros”.
Quando boa parte da motivação que nos fez escolher uma profissão tem a ver com altruísmo, esse cenário é bem comum (como é o caso dos psicólogos).
Só que aí ficamos numa sinuca de bico: nosso sistema moral condena o enriquecimento, por um lado, mas exige autonomia financeira, por outro. Há uma exigência clara, embora nem sempre explícita, de que todo adulto tenha renda própria suficiente para viver, e viver dignamente. Não pega bem “passar necessidade” na sociedade da performance e da ostentação.
Então quem não tem o dinheiro que acha que deveria ter facilmente se vê como um fracassado.
Mas para ter esse dinheiro, você teria que se tornar uma “pessoa ruim”, que lucra em cima dos outros, que só pensa em si, que se vendeu para o sistema capitalista etc.
Pois bem, é uma sinuca de bico que impacta a autopercepção profissional, e daí a autoestima profissional, o que só pode dar em dificuldade para precificar - isto é, definir o valor - do nosso serviço.
Quando enfrentamos esse tipo de problema, temos que nos voltar ao nosso sistema de crenças e valores e reavaliar a funcionalidade de suas partes, vendo se são coerentes com o momento cultural atual.
Então, quando se sentir culpado(a), pare por um instante e se pergunte:
Qual regra ou valor moral eu feri?
O que eu temo que aconteça em função do meu comportamento “errado”?
Minha análise está coerente ou estou intensificando o ocorrido em função da minha baixa autoestima e do meu medo de ser excluído?
A partir daí assuma a responsabilidade da parte que te cabe, busque as reparações possíveis, aprenda com o que houve e siga em frente em paz.
Quando falamos de precificação, geralmente se trata de dissolver a culpa de ter dinheiro, por um lado, e a culpa de não ter, por outro. Realmente, é difícil ter uma vida em paz e financeiramente tranquila quando estamos espremidos entre uma coisa e outra.
Saúde financeira pra nós é isso: ter autoconsciência financeira o suficiente para poder encontrar o meio termo entre extremos: entre a opulência e miséria, a culpa e a indiferença, a mesquinhez e a dissipação.
É sobre encontrar o centro, o nosso centro, e usar o dinheiro (sem culpa) para construir uma vida que faça sentido!
→ Faz sentido? Me conta aqui nos comentários como é para você precificar seu serviço?
📍Psi, essa é para você
→ Hoje (24/01, quarta) teremos a nossa Roda de Conversa do mês com o tema: Metas financeiras para 2024 - olhando para a vida profissional do psi. Vai ser uma alegria ter você lá, psi.
O link de acesso será enviado no nosso Grupo de WhatsApp para psis. Para entrar é só me pedir enviando uma mensagem por aqui e, é claro, ser psicólogo.
A gente se vê mais tarde!