Queridos leitores, no texto de hoje propomos uma discussão um pouco delicada (mas necessária) sobre “pessoas boas”, depois fica nosso convite para a Roda de Conversa do mês e, por fim, temos a alegria de anunciar uma imersão inédita para psicólogos no começo de Dezembro. Só coisa boa!
Me lembro de quando atendi, em consultório, a uma mulher bastante generosa. Ela costumava encabeçar largas campanhas de doação, tinha o costume de doar desapegadamente seu dinheiro e não quietava o facho enquanto visse alguém em necessidade. Uma pessoa boa, eu diria. E ela, de fato, o era.
Mas por alguma razão ela chegou até meu consultório. Em pouco soube que o problema era que, apesar de ter uma boa renda, ela estava sempre apertada, intranquila com o dinheiro e não conseguia montar sua reserva financeira.
Apesar de nunca ter se endividado, ela não conseguia custear a troca de alguns de seus eletrodomésticos que já estavam pedindo descanso.
Daí nós fomos fuçar sua história, é claro, com todo o carinho.
Fuçando, descobrimos lá no fundo, por detrás de crenças, projeções, padrões e intenções conscientes, uma dificuldade enorme de lidar com as suas próprias vulnerabilidades.
Ou seka, o que estava acontecendo era que sem saber o que fazer com o que era frágil em si, ela não tinha recursos para lidar com a fragilidade do outro. Então, a estratégia inconsciente que estava em voga era a mais simples e direta possível: erradicar a vulnerabilidade de vista.
Mas erradicar a vulnerabilidade social não é bom? Esse é um tema sensível, como já disse. Porque a resposta é óbvia, a generosidade e sensibilidade para o sofrimento do outro é sempre bem-vinda, mas desde que esteja em equilíbrio com o contexto dos envolvidos.
Porque o preço do desequilíbrio é a frustração, o cansaço e a infelicidade.
Eu amo essa palavra: equilíbrio, assim como amo outra palavra: harmonia.
Porque o que eu vejo, na prática, para além do palavrório bonito e das exortações morais, é que sem equilíbrio não tem alegria, não tem senso de realização.
E a vida prega suas peças. Às vezes estamos fazendo tudo direitinho, aos olhos do mundo somos pessoas muito boas, desapegadas… Mas tem coisa dentro da gente que pede para ser vista e cuidada, e às vezes priorizada, e aí não tem jeito, toda nossa bondade não pacifica o nosso coração.
Acho que temos que ser bons com a gente para sermos livremente bons com os outros; e acho que quando somos bons com os outros, vamos aprendendo a ser bons com a gente.
E aí já não faz mal ajudar os outros, porque já sabemos respeitar nossos limites e tudo fica sustentável.
É um jogo de equilíbrio.
📍Roda de conversa
Psicólogas e psicólogos que nos leem, quem está no grupo de WhatsApp já sabe, nessa quarta, 27/11, às 19h, teremos nossa Roda de Conversa do mês. O tema dessa edição será “Dinheiro e espiritualidade”. Eita tema bom!
Nas rodas, sempre seguimos o fluxo da conversa, sem itinerário obrigatório, mas tem muita coisa pra gente papear:
A projeção de Deus ou do Diabo no dinheiro.
As responsabilidades ética do psicólogo diante do nosso sistema socioeconômico
As crenças religiosas dos nossos clientes e a condução dos casos
A integração da vida financeira no propósito espiritual
O ritual da “doação” como sacralização ou purificação do dinheiro.
E por aí vai. É muito pano pra manga.
Enviamos o link de acesso no grupo. Se você quer entrar, e é psicólogo, clica aqui →. Você é muito bem-vindo(a).
🗺️Imersão Mapa Financeiro (para psicólogos)
Colegas, vamos oferecer, pela primeira vez, uma imersão de organização financeira exclusiva para psicólogos e terapeutas focada na gestão financeira do consultório.
Na terça-feira, dia 03 de dezembro, das 19h às 21h30, vamos fazer juntos um diagnóstico financeiro do seu ano de 2024 e preparar o caminho para começar 2025 muito bem.
Você vai sair da imersão sabendo exatamente o passo a passo do que você tem que fazer para organizar financeiramente seu consultório, precificar seu serviço a partir de uma referência sólida, lidar com a oscilação de faturamento ao longo do ano e montar uma reserva financeira. Tudo isso por um preço bastante simbólico.
É muito importante para nós que esse processo seja simples, leve e bastante objetivo para você. Nossa imersão vai ser guiada com esses pressuposto.
Queremos demais da conta cultivar a saúde e consciência financeira na nossa comunidade, por isso estamos dando esse passo.
Quem estará à frente da imersão será a Maria José Feres, que atua com finanças pessoais e para pequenos negócios desde 2016 é consultora financeira, economista e bacharel em Ciências Contábeis com mais de 30 anos de experiência como gestora financeira.
Vem! Que para começar 2025 bem, o primeiro passo tem que ser dado agora!
Clica aqui→ e saiba mais!
✨Mais do Instituto
Acesse gratuitamente o ebook Dinheiro na Terapia: Uma apresentação da Psicologia do Dinheiro para psicólogos, onde apresentamos os pontos iniciais e essencial quando o objetivo é atender queixas ligadas ao dinheiro.
A lista de espera para a próxima turma do PAF - Programa Autodescoberta Financeira está aberta! O PAF é um programa de acompanhamento para investigar a raiz dos problemas e dificuldades da sua relação com o dinheiro. Só abrimos uma turma por ano!
A lista de espera para o Aprimoramento Profissional em Psicologia do Dinheiro na clínica também está aberta para a turma de 2025. O aprimoramento é um programa pioneiro no Brasil para psicólogos de todas as abordagens que querem qualificar sua abordagem, em consultório, de questões ligadas ao dinheiro.
Só coisa boa, gente!
Pra fechar, você já leu a última edição da nossa newsletter?
Incrível, parabéns pelos ensinamentos.