No pano de fundo de todas as nossas questões com o dinheiro tem uma coisinha com a qual a gente costuma brigar bastante.
Seja quando você não consegue segurar os gastos ou sente culpa por ter dinheiro, seja quando organizar o orçamento é mais penoso do que deveria ou falta confiança para aumentar o preço do seu serviço, elas sempre estão lá, trazendo cor e intensidade pra nossa relação com o dinheiro: as emoções.
E aí, meus amigos, a questão é: ou a gente aprende a conviver com elas, ou a gente vai brigar com nós mesmos pelo resto da vida, e tudo será muito mais difícil do que precisa ser.
Na mitologia financeira da nossa cultura, aprendemos a ver o nosso lado emocional como um obstáculo ao desenvolvimento financeiro.
É ele que nos faz agir por impulso, tomar más escolhas, ficarmos presos em preconceitos inúteis, enfim, ele fácil fácil é visto como nosso inimigo. Quando dizemos: “fulano perdeu a cabeça”, estamos falando que fulano se deixou levar pelas suas emoções. Pobrezinho do fulano.
Mas a gente não concorda com essa história, não completamente, e achamos que você também não deveria concordar, porque na verdade as emoções tem tudo para serem catalisadoras do seu amadurecimento financeiro.
Sim, é verdade que foi um arremate de paixão que te fez ter aquele gasto desnecessário outro dia, assim como é um forte sentimento de insegurança que não te deixa subir o preço da sua sessão. Mas por outro lado, são as emoções que te mobilizam para ter a vida que você quer ter, são elas que mostram aquilo pelo que vale a pena lutar.
E as coisas são assim porque nossas emoções comunicam nossas necessidades, desejos e limites.
A ansiedade que te faz comprar por impulso pode expressar a necessidade de se sentir dona de si.
A culpa por ter dinheiro (ou por não ter) pode mostrar uma necessidade de pertencimento.
O medo de fazer o orçamento pode significar um receio de se sentir preso, limitado.
Quando entendemos o papel das emoções como mensageiras, podemos parar de brigar com elas e ir ao coração do problema, buscando maneiras saudáveis de suprir aquilo que realmente precisamos.
É por isso que o problema não são as emoções, mas a maneira como nos relacionamos com elas.
Geralmente, nós somos tomados pelos afetos e respondemos a eles de maneira bem inconsciente. Me sinto com medo, eu fujo; me sinto com raiva, eu ataco; me sinto depreciado, eu compro um carro mais caro do que eu poderia…
O convite é para sentir com consciência, percebendo as emoções e reagindo de maneira desperta, interessada e intencional com elas.
Elas são mensageiras, não rainhas. Então não as obedeça cegamente, mas converse com elas.
Inteligência emocional é isso, gente.
Na nossa cultura, ou somos automanipulados pelas nossas emoções, e aí fazemos loucuras, ou nos desconectamos delas, caindo na apatia e na crise depressivo-ansiosa do nosso tempo).
Mas existe o caminho do meio, e é só nele, quando estamos conscientemente conectados com nossas emoções, que é possível falar de amadurecimento financeiro, e não apenas de enriquecimento.
Quando estamos amadurecendo financeiramente, a autoconsciência dos nossos propósitos, valores, necessidades e limites participam profundamente da nossa vida financeira. Pra resumir, quando estamos financeiramente amadurecidos, estamos conscientemente conectados com a vida.
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